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1.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 44(Supplement 2):S668-S669, 2022.
Article in English | EMBASE | ID: covidwho-2179228

ABSTRACT

Introducao: Desde seu surgimento em 2019, o coronavirus SARS-Cov-2 se tornou uma emergencia mundial de saude. A pratica de utilizar plasma de individuos convalescentes para tratar doencas transmissiveis e usada ha mais de seculo e foi usada no inicio da pandemia como tratamento de pacientes com COVID-19, em estudos clinicos. A ideia do uso de tratamentos compassivos surgiu na decada de 1980 e consistia em administrar um medicamento experimental fora de um ensaio clinico para o beneficio terapeutico direto de um paciente. Objetivo: Avaliar as caracteristicas clinicas e laboratoriais de pacientes que receberam Plasma Convalescente Compassivo para COVID-19 (PCCC). Metodos: Estudo retrospectivo, com 39 pacientes que receberam o tratamento com PCCC de janeiro de 2021 a junho de 2021. O projeto foi aprovado pelo comite de etica do Hospital Israelita Albert Einstein (CAAE 57841922.2.0000.0071), com termo de consentimento enviado eletronicamente (REDCap). Os criterios para receber o PCCC foram: pacientes hospitalizados e com ate 5 dias da admissao hospitalar, com escore de gravidade >=5 pela Organizacao Mundial de Saude (OMS) ou com possibilidade de piora clinica. Foram excluidos pacientes com doencas onco-hematologicas. Resultados: A idade media dos participantes foi de 62+/-15,4 anos, sendo 66,6% homens, IMC medio de 28,38+5,34, com tempo medio entre a admissao hospitalar e a transfusao de PCCC de 1,48+/-1,09 dias. A media de dias totais de internacao foi de 13,95+/-10,08 e a mediana de dias em UTI de 2,5 (0-31). O volume medio de transfusao foi de 232+/-59,6 mL, com mediana de CPE-VTE de 160 (80-2560). Houve apenas 1 obito no grupo. 79,5% dos participantes tinham algum tipo de comorbidade, sendo que 15,3% faziam uso de anticoagulantes, 15,3% de imunossupressores, 46,15% eram hipertensos, 28,2% diabeticos e 23% com cardiopatia. A media de hemoglobina no dia da transfusao foi de 13,7+/-1,3 g/dL, a media de leucocitos de 7511+/-3510/mm3, a media de linfocitos 778,9+/-390,3/mm3, a media de plaquetas de 175590+/-55941/mm3, a media de creatinina de 0,99+/-0,22 mg/dL e a mediana de d-dimero de 541,5 (235-5709) ng/mL. 76,9% necessitaram ventilacao nao invasiva e 20,5% de ventilacao mecanica. No dia da infusao, 74,3% dos pacientes foram classificados como >=5 na escala de gravidade da OMS. Houve tres reacoes transfusionais, sendo duas alergicas leves e uma notificada como TRALI suspeito, que nao se confirmou posteriormente. Discussao: Em momentos de pandemia, como o que passamos, e importante o estabelecimento de medidas de suporte aos pacientes, incluindo um programa de uso compassivo de plasma convalescente com criterios claros de elegibilidade. Mesmo em se tratando de uma terapeutica cuja comprovacao de eficacia ainda estava em analise, foram definidos criterios de administracao do PCCC, a fim de incluir apenas os pacientes passiveis de eventual beneficio, segundo as evidencias cientificas correntes na ocasiao. Nossa populacao era majoritariamente de homens, com transfusao de PCCC proxima a admissao hospitalar, com media de IMC acima do normal e com comorbidades. Com relacao ao hemograma, os pacientes nao apresentaram alteracoes, alem da linfopenia, que e um marcador de gravidade em doencas virais. O D-dimero mostrou tendencia a valores altos, sendo associado em literatura a gravidade da doenca. Conclusao: Este estudo mostra as caracteristicas clinicas e laboratoriais de pacientes internados com COVID-19, com escore de gravidade >=5 pela OMS. Apesar de atualmente o plasma convalescente para COVID-19 ter sua evidencia limitada, foi bem tolerado, sendo uma alternativa para doencas emergentes e ainda desconhecidas, ate o desenvolvimento de terapeuticas alvo especificas eficazes. Copyright © 2022

2.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S528-S529, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859738

ABSTRACT

Introdução: A transfusão de plasma convalescente tem sido utilizada como terapêutica alternativa no tratamento de COVID19 nos últimos meses. Avaliamos o impacto dos anticorpos neutralizantes produzidos pelos pacientes e dos anticorpos presentes nas unidades transfundidas na redução da carga viral em pacientes em tratamento hospitalar de COVID19. Materiais e métodos: Foram avaliados consecutivamente 29 pacientes admitidos para tratamento hospitalar de COVID19 em um único centro. Doses de 300 a 600 ml de plasma convalescente foram administradas ao longo de 2 dias. Foram coletados swabs nasais a cada 48 h a partir do D0 (dia de transfusão de plasma convalescente) até a alta hospitalar, a fim de determinar a carga viral por digital droplet PCR (ddPCR) dos alvos N1 e N2 do gene N (nucleocapsídeo) para análise de redução de carga viral, sendo considerado o número de cópias virais por 1000 células presente na amostra. Mensuramos os títulos de anticorpos neutralizantes (cytopathic effect-based virus neutralization test -SARS-CoV-2 GenBank MT126808.1) dos pacientes (NAbsP) antes da transfusão (D0) e títulos de anticorpos neutralizantes das unidades de plasma transfundidas (NAbsT). Para análise de associação entre NAbsP e redução de carga viral, os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com o status de NAbsP no D0: título de NabsP inferior a 80 e título de NabsP igual ou superior a 80. Para esta análise, foi utilizado o teste de Mann-Whitney. Para verificar a associação entre NAbsT e redução de carga viral, os pacientes foram divididos em três grupos: aqueles que receberam transfusão de plasma convalescente com título de NAbsT até 160, título de NAbsT entre 160-640 e NAbsT superior a 640. Para esta análise, foi utilizado o teste de Kruskall-Wallis. Resultados: Pacientes com baixos títulos de neutralizantes à admissão (NAbsP inferior a 80) apresentaram redução de carga viral significativamente maior (p=0,009) que pacientes com NAbsP igual ou superior a 80. Com relação ao impacto da transfusão de plasma, observou-se que quanto maior o título de anticorpos neutralizantes transfundidos maior foi a redução da carga viral;porém, tal achado não apresentou significância estatística (p = 0,528). Discussão: O combate e eliminação da viremia através dos anticorpos neutralizantes presentes no plasma convalescente compreende uma das justificativas da sua aplicação como terapia alternativa para COVID19. Contudo, estudos prévios demonstraram resultados contraditórios em relação ao seu impacto no clearance viral. Na presente casuística, pacientes com baixos títulos de anticorpos neutralizantes apresentaram maior redução de carga viral após a transfusão de plasma convalescente do que pacientes com altos títulos. Pacientes que já apresentavam títulos elevados de neutralizantes parecem não se beneficiar da transfusão de plasma no que se refere à redução de carga viral. A estratificação dos pacientes de acordo com os níveis basais de anticorpos neutralizantes parece ser um ponto importante a ser discutido no tratamento de COVID19 com plasma convalescente e fornece uma explicação plausível para os resultados controversos previamente observados.

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